terça-feira, 18 de dezembro de 2012

AlineSódaLuiza

Quem dera ser só sua. Pra gente acordar abraçadinhas, você mamar sem contagem de tempo, a gente preparar e tomar café juntas. Depois brincarmos de tudo, inventar historinhas, dar comidinhas pras suas bonecas. Ver os desenhos e filminhos que você tanto gosta, rindo, dançando na hora das músicas... Tomar banho sem pressa, lavando também suas nenéns... O soninho viria depois, e em outra mamada gostosa, adormecermos ... O almoço, outro momento de diversão e aprendizado... A tarde poderia ser de passeios, em parquinhos ou praças, ou mesmo naquele café gostoso na casa da vovó... A noite já é nossa, mas nesse sonho de rotina mamãe não estaria cansada, estressada com problemas de fora. E à noite, outro momento de muito leitinho e cumplicidade traria seu soninho.

É filha, que bom que pudesse ser assim todos os dias...

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Mais respeito às crianças!

Já levei o nome de chata por isso, mas hoje venho escrever sobre um assunto que vem me incomodando um pouco nos últimos meses.

Se todos os adultos se colocassem no lugar das crianças veriam que, muitas vezes, as desrespeitam e invadem o espaço delas. Como você se sente quando chega num lugar desconhecido e vê pessoas pela primeira vez? Você sai interagindo e conversando com todos ao mesmo tempo? Fico irada quando exigem isso da minha filha.

Mesmo com pessoas conhecidas, que ela pouco vê ou tem contato limitado, a obrigação é a mesma. Por exigência dos outros, têm que falar, tem que permitir aproximação física e muitas vezes, querem tirá-la do meu colo assim, na marra. Como não ser indelicada ou não ficar com raiva de uma situação dessa?

Dia desses fomos ao aniversário de uma prima do meu marido. Estávamos em um lugar totalmente desconhecido pra mim, pra ele e pra Luiza (apartamento novo da aniversariante). Eu estava revendo pessoas que, em nove anos de casada, talvez tenha visto no máximo, duas vezes. Luiza estava conhecendo, portanto essas pessoas. Querendo forçar contato, um senhor chegou a se aproximar dela de forma muito brusca, dando um susto na bichinha. Claro que ela chorou na hora e passou a festa toda fugindo do tal homem.

E eu me coloco no lugar dessas pessoas que querem forçar a criança a fazer algo que ela não se sente à vontade. Quanta incompreensão e quanto desrespeito! Já no final do aniversário, Luiza exausta e com muito sono foi forçada, de novo, a sair do meu colo e ainda dar beijo nas pessoas. Como minha pequena se colocou e negou as duas ações, foi chamada de chata e antipática!! Como pode? Minha vontade incontrolável de mãe manda gritar e exigir respeito à minha filha e a todas as crianças que são, de certa forma, violentadas dessa maneira. Claro que na hora, usando toda a minha racionalidade, tento contornar a situação, informando de forma leve, como se falasse no lugar da Luiza: "calma, pessoal, já já eu me solto" ou ainda: "tô enjoadinha, cansada e com sono..."

Será que eles captam a mensagem?!? Não quero de forma alguma colocar minha filha numa bolha pra que ninguém olhe ou fale com ela. Custa perceber e respeitar o tempo da criança? Custa esperar que ELA se aproxime, que ELA queira interagir depois de um curto espaço de adaptação?


Eu não posso ser chata, mas os outros podem ser indelicados? O mundo está doido mesmo.