quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Primeira vez doente

A tosse começou bem tímida, pensei até que ela tinha tido um pequeno engasgo. No dia seguinte, sábado de manhã, notei de novo, um pouco mais forte. Todos começaram a dizer: "isso é por causa do dente. Meus filhos ficavam assim também". Deixamos passar e curtimos o fim de semana. Churrasco, passeio no shopping, almoço na casa do avô. Normal.

No domingo, a situação piorou. A tosse começou a ficar cheia. A respiração ficou com um chiado de dar dó. Ela teve um pouquinho de dificuldade de mamar, logo assim que acordou. O que fazer? Não queríamos levar numa emergência. Será que a pediatra atende o telefone hoje?

Liguei na segunda e ela não ia atender no dia. Mas, como tinha consulta na terça, deixei. O resultado? Expectorante, aerosol, gotinhas no nariz e fisioterapia respiratória. Claro que a coitadinha estranhou tudo isso e chorou muito. Botou a boca no trombone. E eu chorei junto com ela.

Como até o oitavo mês nenhuma doença tinha aparecido, ficamos com aquela falsa impressão que nada poderia atingir nossa filhinha. Meu Deus, nunca senti uma angústia assim. A cada tossida meu coração doía mesmo, ficava apertado, minha respiração travava.

Outro acontecimento nada agradável foi quando levei uma queda da rede, com ela. Estava amamentando e foi bem traumático pra Luiza. Quase não para de chorar. Não tinha consolo, balanço ou canção que acalmasse minha pequena. Depois, de tando chorar, dormiu.

Sei que são coisas que acontecem, mas a primeira vez assim não foi nada fácil
Ela já está melhor. Que Deus me ajude e me dê forças para para crescer com as situações adversas.

sábado, 3 de dezembro de 2011

O 7º mês

Senti que o sétimo mês da Luiza foi bem instenso na parte de aprendizagem e desenvolvimento. Não sei se foi porque retornei ao trabalho e ela ficou mais tempo com meus pais, aprendendo coisas novas, sendo mais estimulada... Vamos ao resumo:

- Dá tchau. Quando a gente diz pra ela dar tchau, obedece, fica super feliz quando consegue, mas ainda confunde o tchau com as palmas.

- Bate palminha. Coisa mais linda. Já faz até estalinho quando ela junta as mãozinhas.

- Engatinha. E faz quase com pefeição. Adora sair pela cama pra pegar as coisas, principalmente o controle remoto. Também sempre sai em disparada quando o Fidel (nosso buldogue inglês) chega perto.

- Consegue ficar em pé sozinha quando se apóia em alguma coisa. Faz isso no cercadinho e no berço também, mas cai logo, não aguenta muito tempo.

- Sabe muito bem o que quer e o que não quer também. E demonstra isso com choro e gritos.

- Procura a pessoa quando a gente diz o nome. Já acha mamãe, papai, vovô, vovó, bivó e Fidel.

- Escapa da troca de fralda. Tem que ter na mão alguma coisa muuuuuuito interessante  pra ficar quietinha no trocador e deixar mamãe mudar a fraldinha.

- Já tem quase 3 dentinhos! O terceiro, superior esquerdo, já tá quase rasgando a gengiva. 

Se depois eu lembrar de alguma coisa, volto pra contar. Amanhã minha pequerruxa faz 8 meses! Mamando firme e forte!

Te amo, filhota!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Dias difíceis

Já que este espaço também serve para desabafar, vamos lá...

Não tem sido fácil cuidar de tudo ao mesmo tempo. Não tenho ninguém que me ajude em casa, nem com a Luiza. Ninguém de fora, né, porque conto com a ajuda do Fabio, meu marido, dos meus pais e da minha tia. Mas falando da minha casa, de quando estamos com a Luiza em casa, a barra pesa. Não temos condições finaceiras pra contratar alguém, a grana tá curta igual a coice de preá.

Faço tudo - limpo a casa, faço comida pra gente e pra Luiza, cuido das nossas roupas... Tem hora que queria ser cinco ao mesmo tempo. Geralmente faço assim: Acordo junto com ela, amamento, coloco ela na cadeirinha pra eu tomar café. Depois, o Fabio está acordando e fica com ela enquanto eu faço o suquinho pro lanche. Aí dou o suquinho enquanto ele toma café. Geralmente aí ela dorme assim que esvazia a mamadeira.

O Fabio fica com ela enquanto ela dorme. Ele aproveita e tira um cochilo também porque não sabe dormir cedo, fica no computador até altas horas da madruga. Começa aí o segundo round pra mim. Faço papinhas pro almoço de dois dias e o jantar dela. Quando termino ou faço o nosso almoço, também para dois dias, ou vou fazer alguma outra coisa - lavar roupa (não sei jogar roupa suja na máquina, coloco de molho e dou uma esfregadinha antes) ou vou limpar a casa. Termino correndo e vou tomar banho pra terminar a tempo da Luiza acordar. Dou o almoço já tensa com o horário, porque temos que deixar ela na casa da minha mãe antes de entar no trabalho às 14h.

Terceiro round. Meu emprego. Precisaria (em tese) estar desansada, com a cabeça fresca. Escrevo vááááárias laudas e fecho o jornal. Quem é da área sabe como isso é trabalhoso. Edito várias matérias, preciso prestar atenção em muitos detalhes, nuances pra que tudo saia bem. Saio do trabalho e vamos pegar a pequenininha.

Quando chega em casa, 4º round. Amamento e coloco pra dormir. Geralmente acabo às 23h, 23h30. A-c-a-b-a-d-a. Mortinha da silva. Só consigo me jogar na cama pra acordar de madrugada de novo quando ela me chama.

UFA! Cansei só de escrever. Mas essa tem sido a minha rotina, todos os dias... Quem disse que dou conta? É humanamente impossível. Além de me esborrachar toda ainda tenho que tentar conviver com o que não dá certo arrumar e fazer vista grossa pra bagunça, pra sujeira... E fico pensando: "Meu Deus, essa não parece uma casa onde vive um bebê..." E aí vem a culpa.... Alguém me ajuda? #comofaz?

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O que eu faria hoje se estivesse grávida

O post de hoje é uma homenagem à gravidez de uma pessoa muito querida. Uma gestação muito especial, que eu vou curtir como se fosse minha. Quando ela me autorizar eu passo aqui pra contar.
UPDATE: É a Janaína Gouveia, minha amiga do trabalho! Parabéns, Jana!!!

Se eu engravidasse hoje de novo (ai meu Deus, tomara que chegue logo esse dia) faria muita coisa diferente. Deixava de fazer outras tantas. Resolvi listar tudo pra não esquecer de nada da próxima vez:

1. Comeria menos porcarias. Quando os enjoos passaram eu só queria saber de guloseimas. Acabei deixando frutas e verduras de lado.

2. Faria exercícios físicos. Depois de liberada no terceiro mês, cadê a coragem para pelo menos uma caminhada? Hoje faria hidroginástica e ioga também. Quem sabe musculação mesmo?

3. Faria um diário da gravidez. Anotaria tudo, tudo mesmo. Como gostaria de ler todas essas informações hoje! Quem sabe ter começado esse blog no dia da descoberta da gravidez, ou mesmo antes...

4. Tiraria fotos da barriga todo mês. E depois montaria um quadro comparativo. Tinha que ser sempre da mesma posição, pra ficar bem legal. (Quem sabe toda semana? #pegaalouca)

5. Lutaria por um parto natural. Na hora H bateu o medo, eu tinha medo de não ser aceita por outro obstretra com mais de 36 semanas de gestação. Hoje sei que se tivesse ido bater no consultório da minha atual médica, que faz partos até em casa, ela teria me acolhido.

6. Tiraria mais fotos, da gravidez toda. Não tenho fotos com um mês, nem com dois, nem com quatro meses.

Continua...
(Sinto que esse post vai ser eternamente atualizado. Quando lembrar de mais coisas, eu volto.)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A volta ao trabalho

Mais uma etapa das nossas vidas vencida com muita tranquilidade. Era hora de voltar a trabalhar e me separar, temporariamente, da minha pequena.

Quando você diz: "vou ficar sete meses de licença", parece uma eternidade. Saí em abril e só voltei agora em novembro. Parece até que para mim o ano só vai ter cinco meses. É que por mais difíceis que sejam os primeiros dias ou primeiros meses de um bebê, no fim das contas só ficam as coisas boas guardadas na sua memória.

Fazendo um balanço da minha licença maternidade o que ficam são os sorrisos, as brincadeiras, as mamadas cheias de carinho, os banhos divertidos, as saídas com a vovó ou o papai da Luiza, os telefonemas dos amigos cheios de saudades... Claro que nesses dias existiram cansaço, muito trabalho, falta de tempo até pra tomar banho! Mas tudo isso faz parte, você faz de modo automático, e se renova a cada dia, quando aquele serzinho tão pequeno te solicita, rindo ou chorando.

A ansiedade começou a bater há mais ou menos duas semanas antes da licença acabar. A dor no estômago foi o primeiro sinal de preocupação. Passamos uma semana treinando a nova rotina da Luiza. Procurei fazer as coisas no mesmo horário em que elas iam acontecer na minha ausência. A alimentação também foi adaptada para que ela não precisasse de leite no período em que eu estaria fora. Até tentei ordenhar e deixar o leite no congelador, mas como saiu pouquinho (60 ml - apesar de eu saber que se eu insistisse, com o tempo o volume de leite iria aumentar) e ela ficou bem com um suquinho no meio da manhã e a papinha salgada no almoço, resolvi me poupar de mais esse esforço.

"Pensei que você ia sofrer mais, que ia passar a manhã chorando!". Foi o que muitas pessoas me disseram. Mas, graças a Deus, não foi tão ruim quanto eu mesma imaginasse que ia ser. Senti vontade de chorar assim que deixamos ela e saímos no carro. Mas passou logo, as lágrimas nem chegaram a cair. Confesso que no primeiro dia meu coração ficou um pouco apertado. Mas nada desesperador.

Fiquei muito feliz com a recepção dos meus amigos e colegas de trabalho. Foi muito bom poder me sentir útil, produtiva. Estava com saudade também do meu trabalho em si, que adoro fazer. Peguei o rirmo rapidinho!

Besteiras que senti falta: andar no banco da frente do carro, me maquiar com calma, me arrumar. Luiza também ficou bem: brincou bastante, dormiu, comeu direitinho. Quando chegamos, ela olhava pra mim e pro pai, sem acreditar que estávamos mesmo ali na frente dela. Jogou os bracinhos e pulou no meu colo, doida pra matar a saudade do leitinho da mamãe.






sexta-feira, 4 de novembro de 2011

7 meses!

Filha linda, hoje você completa sete meses. Não é mais um bebezico! É muito fofa e muito esperta!

Tivemos uma semana intensa. Parece até que você guardou várias surpresas pra mim neste finalzinho do nosso período bem juntinhas. Na segunda recomeço a trabalhar, nossa rotina vai mudar, mas tenho certeza que vai ficar tudo bem, apesar da saudade imensa que vamos sentir uma da outra no período da manhã.

Primeiro você aprendeu a abaixar sozinha as blusas tomara-que-caia que uso para facilitar a amamentação. Quando quer mamar você abaixa a blusa sozinha e encontra o peito, em qualquer posição. Também teve o epísódio da sua capotada na cadeirinha de refeição. Mamãe estava te dando uma papinha deliciosa de batatinha com cenoura e no finzinho, quando o prato estava ficando vazio, você encostou a cabecinha e dormiu! Ninguém conseguia te acordar, foi um sarro.


Também teve o seu primeiro banho de chuveiro. Papai te pegou todo confiante e você adorou! Ficou tentando pegar a água que caía... Depois você dormiu profundamente, recuperando as energias que gastou nessa farra toda.

Hoje abaixei o estrado do seu bercinho. É que você já está conseguindo se segurar nas grades e ficar de joelhos. Mamãe tem medo que você caia! Tá vendo como você já está uma moça! Também pela primeira vez você jantou papinha. Preparei uma bem gostosa com batata, cenoura, chuchu e tomate. Você comeu tudinho! Há três dias você também almoça uma refeição mais completa: legumes, carne e arroz. Filha, você está grande! Já está pesando quase sete quilos e medindo 62,5cm.  Está um chumbinho nos braços da mamãe!

Vamos curtir bastante o fim de semana para na segunda-feira começar uma nova etapa nas nossas vidas. Aos poucos vamos ficando mais independentes uma da outra. Já reparou como diminuiu a quantidade das nossas mamadas? Já estou sentindo falta de te alimentar com o meu leite exclusivamente. Mas também fico feliz de ver você devorando as papinhas e suquinhos que preparo com muito carinho. É assim, filha. Não pense que vai ser fácil pra mim. Sorte que, numa parte do dia, você vai ficar com seus avós, que te amam e fazem qualquer coisa pra te ver feliz.

Mamãe fica dividida entre a saudade das coisas que já passaram e ansiedade pelo que você ainda vai aprender. Vale, né? É amor de todo jeito...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O corpo e a gravidez

Peguei carona na gravidez de uma pessoa muito querida e resolvi relembrar essa questão das mudanças que a gestação provoca no corpo. Gente, não vou dizer que é fácil!

Antes da gravidez estava em ótima forma, uma das melhores que já tive. Depois de um longo tratamento para a tendinite que tenhos nos joelhos, começei a malhar firme e estava com uma alimentação exemplar. Meus músculos estavam tinindo e eu estava com o peso em dia, 55kg.

Assim que engravidei, tive que parar com os exercícios físicos. Nem sempre é assim, mas no meu caso, a gravidez foi considerada de risco (leve) por causa da endometriose. A recomendação médica era voltar a malhar depois do primeiro trimestre, de forma muito suave. Mas quem foi que disse que eu tive pique? Um sono e uma preguiça não me deixavam sair do lugar. Uma amiga dizia: "já começou a ir atrás de enxoval, móveis para o quarto?" Oi? Quase não conseguia tirar a roupa quando chegava em casa do trabalho de tanto enfado.

Depois que passaram os enjoos - lá pelo quarto mês - eu, que antes tinha uma preocupação imensa em me alimentar de forma saudável, me joguei nos doces, salgadinhos, refrigerantes, bombons e afins. "Mas o que é isso? A gravidez não deveria ter te deixado mais preocupada ainda com a saúde?" Pois é, deveria. Mas o que eu podia fazer se só sentia vontade de comer porcaria? Assumi com força a história dos desejos e tinha mil e um voluntários carinhosos prontos pra satisfazer minhas vontades.

Resultado? Não engordei horrores, mas poderia ter ficado bem abaixo dos 13kg totais a mais. Só num mês, não me lembro qual, engordei 5kg!!! E as pessoas ainda diziam: "você está ótima! Não engordou nada, não está inchada!" Aí é que eu comia com mais prazer ainda. Não me arrependo de nada, afinal, foi a primeira gravidez, estava radiante, nem aí pra balança.

Depois do parto, perdi de cara, 8kg. A barriga ficou inchada por um bom tempo (quando esse perído termina, se é que termina?) Usei cinta pra ver se ajudava o corpitcho a voltar ao normal. Mas as roupas de grávida ainda são as únicas que ainda estão me servindo (principalmente no quadril). Como amamentei de forma exclusiva durante os seis primeiros meses, acabei engordando mais dois quilinhos. É que amamentar dá muuuuuuuuuiiiita fome. Pelamordedeus! Meu almoço parecia pratada de trabalhador braçal! Mais uma vez, desencanei, precisava me alimentar - e muito bem - pra conseguir aguentar o rojão.

Mas, de uns tempos pra cá - uns dois meses mais ou menos - essa questão tem me incomodado um pouco. Depois que a Luiza passou a comer frutinhas, legumes e suquinhos, tenho tentado segurar mais minha boca. Como o número de mamadas dimunuiu, a fome de diabo da tazmânia também deu uma aliviada e já estou sentindo algumas roupas mais frouxas. Mas tive que comprar calças jeans para voltar ao trabalho. As velhas não entram nem a pau!

Outras mudanças no corpo foram:
- as espinhas no rosto voltaram. Com força. E não dá pra usar aquele ácido superpower, por causa da amamentação;

- o cabelo parece que vai sumir, cai muito! Dava pra fazer uma peruca cada vez que lavo a cabeça. o formato dos fios também mudou. Estão nascendo meio ondulados. Fazer escova com frequência nem pensar, quer que eu fique careca de vez?

- nos primeiros meses depois do parto a barriga ficou bem escura, mas depois voltou ao normal (só a cor, o tamanho não buááááá);

- a parte boa: meus seios dobraram de tamanho. Quando estão bem cheios de leite (empedrados, como se diz) ficam três vezes maiores. Mas não dá pra sair desfilando com a nova comissão de frente. O sutiã de amamentação (um charme só) não ajuda muito no quesito beleza;

- o aspecto desleixado tomou conta de mim. Eu me acostumei a sair de casa sem muita produção (leia-se com a roupa do corpo). Não dá tempo de pensar em maquiagem, acessórios, penteados. Até a bolsa tenho dispensado e coloco o mínimo de objetos possíveis na parte da frente da bolsa da Luiza (separado das coisinhas dela, claro).

- a escolha da roupa segue o quesito praticidade. Blusas? Só com abertura na frente pra colocar os peitões de fora a qualquer tempo;

- o intestino não é mais o mesmo. Tenho sofrido com prisão de ventre.

Mas quer saber? Se fosse pra passar por tudo de novo eu faria. Nada mais importa no mundo do que a presença da minha filhota linda.

É esse amor que agora me alimenta.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Os seis meses

Lulu, como o tempo passa rápido!

Registro dos seis meses:

- Ri muito, comigo, com o pai, com os avós, com a irmã, dançando, quando acorda...

- Não quer mais ficar sentada, só em pé agora;

- Já tem dois dentinhos, um apontando na gengiva e o outro maiorzinho, o que torna a risada dela ainda mais engraçada;

- Já procura pelo pai, pelo Fidel ou pelo vovô Sérgio quando a gente pergunta onde eles estão;

- A-d-o-r-a comer. Mas a primeira colherada ou gole sempre vem seguido de uma caretinha;

- É louca por água de côco. Quando começa a tomar, não quer mais parar;

- Joga longe tudo o que pega;

- Mama fazendo carinho no meu rosto ou no meu colo;

- Dá uns gritinhos lindos!!

- Está muito observadora e curiosa;

- Ficou encantada com chuva.

A volta ao trabalho está me deixando aperreada! Falta só uma semana! 

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O sono

Nossa, como eu tinha medo dessa parte! Dentre as coisas (muitas, várias) desagradáveis que as pessoas vinham me dizer estava a questão do sono: "a filha de fulana nunca dormia, parecia que o berço tinha espinho"; "Reze pra sua filha dormir bem..." Eu ficava assustadíssima, claro.

No primeiro dia de vida da Luiza (na primeira noite, na verdade), ainda no hospital, ela chorou umas três horas sem parar. Foi aí que pensei: "Meu Deus, onde foi que eu me meti?!? Será que vai ser assim pra sempre?" Na verdade, meu leite ainda não tinha descido e ela chorou foi de fome mesmo.

Aos poucos, em casa, o sono foi se regularizando. Ela nunca trocou o dia pela noite. Mas, teve fase de dormir duas, três horas seguidas de dia e acordar a cada quarenta minutos, uma hora à noite. Teve outra de não dormir nada o dia inteiro e à noite emendar quatro, cinco horas de sono. Num outro período, ela dormia religiosamente duas horas à tarde e depois, a noite inteira. O recorde foram dez horas seguidas dormindo. Eu é que fiquei acordando e indo conferir se estava tudo bem com ela. O leite já transbordando e eu pensando: "que horas será que ela vai acordar?"

Hoje, aos seis meses, estamos assim: ela tira um cochilo de manhã, que varia entre meia hora e uma hora e meia de duração. A partir de nove horas ela já está sonolenta. Já de tarde são duas sonequinhas, da mesma duração do soninho da manhã. Uma depois do almoço, geralmente às duas, e outra lá pelas cinco e meia, seis horas. O sono da noite chega às dez, dez e meia. Acorda uma vez (entre duas e quatro da manhã) e dorme de novo até despertar de vez, sete ou oito da manhã. Essa rotina só foi quebrada com a chegada dos dentes. Durante o dia não mudou muita coisa não (só a irritação), mas, em compensação, passou a acordar até quatro vezes à noite.

Acho que estamos bem assim. Eu nunca tive grandes necessidades de sono. Não me sinto cansada ou indisposta por ter que amamentar. Comigo ela sempre dorme no peito, já com o papai é só balançar um pouquinho no colo.

Minha pequena está cada vez mais linda, mais fofa e mais esperta!!!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Desculpas para uma cesárea

Não se deixe enganar. Embora muito alegadas pelos médicos, as condições abaixo NÃO são indicações de cesariana.

Por Melania Amorim, obstetra.

1. Circular de cordão, uma, duas ou três “voltas” (campeoníssima – essa conta com a cumplicidade dos ultrassonografistas, e o diagnóstico do número de voltas é absolutamente nebuloso)
2. Pressão alta
3. Pressão baixa
4. Bebê que não encaixa antes do trabalho de parto
5. Diagnóstico de desproporção céfalo-pélvica sem sequer a gestante ter entrado em trabalho de parto
6. Bolsa rota (o limite de horas é variável, para vários obstetras basta NÃO estar em trabalho de parto quando a bolsa rompe)
7. “Passou do tempo” (diagnóstico bastante impreciso que envolve aparentemente qualquer idade gestacional a partir de 39 semanas)
8. Trabalho de parto prematuro
9. Grumos no líquido amniótico
10. Hemorróidas
11. HPV
12. Placenta grau III
13. Qualquer grau de placenta
14. Incisura nas artérias uterinas (aliás, pra que doppler em uma gravidez normal?)
15. Aceleração dos batimentos fetais
16. Cálculo renal
17. Dorso à direita
18. Baixa estatura materna
19. Baixo ganho ponderal materno/mãe de baixo peso
20. Obesidade materna
21. Gastroplastia prévia (parece que, em relação ao peso materno, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come)
22. Bebê “grande demais”
23. Bebê “pequeno demais”
24. Cesárea anterior
25. Plaquetas baixas
26. Chlamydia, ureaplasma e mycoplasma
27. Problemas oftalmológicos, incluindo miopia e descolamento da retina
28. Edema de membros inferiores/edema generalizado
29. “Falta de dilatação” antes do trabalho de parto
30. Gravidez super-desejada (motivo pelo qual os bebês de proveta aqui no Brasil muito raramente nascem de parto normal)
31. Gravidez não desejada
32. Idade materna “avançada” (limites bastante variáveis, pelo que tenho observado, mas em geral refere-se às mulheres com mais de 35 anos)
33. Adolescência
34. Prolapso de valva mitral
35. Cardiopatia (o melhor parto para as cardiopatas é o vaginal)
36. Diabetes
37. Bacia “muito estreita”
38. Mioma uterino
39. Parto “prolongado” ou período expulsivo “prolongado” (também os limites são muito imprecisos, dependendo da pressa do obstetra)
40. “Pouco líquido”
41. Artéria umbilical única
42. Ameaça de chuva/temporal na cidade
43. Obstetra (famoso) não sai de casa à noite devido aos riscos da violência no Rio de Janeiro
44. Fratura de cóccix em algum momento da vida
45. Conização prévia do colo uterino
46. Eletrocauterização prévia do colo uterino
47. Varizes na vagina
48. Constipação (prisão de ventre)
49. Excesso de líquido amniótico
50. Anemia
51. Data provável do parto (DPP) próximo a feriados prolongados e datas festivas

Do site: www.partocomprazer.com.br
* As desculpas em vermelho foram usadas no meu caso, pela minha obstetra!!!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Comidinhas!

Ai que orgulho da minha filhota! Já está experimentando novos sabores!
Depois de quase seis meses de amamentação exclusiva, chegou a hora de introduzir a alimentação complementar. Complementar sim, porque o leite materno continua sendo o alimento principal.

Começamos com os suquinhos, por orientação da pediatra. Estou repetindo o cardápio por três dias, pra ver como o organismo dela recebe as novidades gastronômicas... Primeiro Luiza provou suco de laranja-lima. Olha só a cara:

Depois foi a vez do suco de goiaba, que ela aceitou melhor. Água ainda causa um pouco de estranhamento e algumas caretinhas. No lanche da tarde, Luiza adorou maçã raspadinha, até agarrou um pedaço pra ajudar a coçar a gengiva.

O próximo passo vai ser a papinha salgada no almoço. Batatinha e cenoura no caldinho de frango pra começar. Mas a dificuldade mesmo está na forma de oferecer os líquidos. Mamadeira ela não aceitou. No copo, vai mais suco no colo do que na boca. A tentativa de hoje foi o copo de treinamento, que ela está mostrando maior aceitação.

Hoje minha princesinha está completando seis meses! Comemoramos com vovô e vovó maternos, na casa deles, com um bolinho fofo delicioso!



Parabéns, minha fofinha!!!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A amamentação

Eu sabia que não ia ser simples. Mas sabia também que podia ser muito prazeroso. O primeiro desafio que enfrentei pra alimentar Luiza foi esperar o leite descer. Isso porque, como expliquei no post anterior, fui submetida a uma (desne)cesárea. Levou três dias pro leite aparecer e enquanto isso minha filha chorou um pouco e eu chorei bem mais.

Depois, esqueci tudo o que tinha lido e achei que as mamadas tinham que acontecer em horários regulares. Me confundi também com uma orientação da pediatra dela e estava marcando o tempo que dava cada peito. Luiza só mamava o leite sem gordura, que é o que vem primeiro durante a mamada. Resultado: chorava de fome, um choro desesperado mesmo. Dormia pouco e eu entrava em parafuso. Ainda bem que corrigi isso logo.

Mas o pior pra mim foi não ter recebido apoio das pessoas que estavam ao meu lado. "Seu leite é fraco!" Foi a frase que mais escutei. De amigos, conhecidos, familiares. Ainda no finalzinho do primeiro mês não aguentei a pressão e cheguei a dar leite artificial. Chorava muito, me perguntando porque não era capaz de alimentar minha filha.

Até que resolvi encarar de frente a situação, me fazer de mouca e me trancar no quarto, só eu e ela e dar o peito até ela cansar. Graças a Deus consegui me livrar da mamdeira. Tenho muito orgulho de, depois dessa derrapada, ter alimentado a Luiza exclusivamente no peito até agora.

Sei que ainda vou enfrentar outros obstáculos porque pretendo fazer um desmame natural, dar de mamar até quando ela quiser. Já ouvi frases como: "acho horrível criança grande demais pendurada no peito da mãe". Quer quiser achar ruim, que ache. É assim que pretendo fazer.

Não vou ficar aqui me lamentando. Sei que venci, que foi muito importante pra ela e pra mim também essa fase exclussiva de leite da mamãe aqui. Também não vou deixar de registrar que foi e continua sendo cansativo, mas extremamente gratificante e muito especial.

E que venham as comidinhas e suquinhos!!!



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O "não-parto" - um desabafo

Sei que muita gente não entenderia nunca o que vou escrever agora sobre o nascimento da Luiza. Claro que foi "o" acontecimento da minha vida, uma das maiores emoções que já vivenciei até hoje, uma alegria extrema, que não dá nem pra tentar explicar. Mas não foi do jeito que eu queria e me causou sim uma espécie de trauma.

Vou contar como tudo aconteceu. Desde antes de engravidar sonho com um parto normal. Mas não tinha ideia de como era difícil hoje em dia conseguir um. Primeiro, tem o sistema obstétrico que te engole, sem dó nem piedade. A falta de informação é a principal arma dos obstetras de hoje em dia. Tudo é impedimento para um parto normal. As desculpas são inacreditáveis. Depois, com a tecnologia cada vez mais a serviço da medicina e a mídia disseminando um estereótipo muito assustador de parto, criou-se uma cultura de fobia ao parto normal.

Caí na besteira de dizer pras pessoas que queria ter minha filha por parto normal. A estranheza à minha resposta era imediata e todo mundo tinha uma história escabrosa de parto mal sucedido pra me contar. "Fulaninho teve problemas cerebrais porque ficou muito tempo sem respirar": era o que eu mais ouvia.

Achava que estava me preparando bem para o parto, lendo muito, pesquisando, mas, é obvio, foi muito menos do que insuficiente. Ao longo da gestação minha obstetra foi tratando de me mostrar que o meu caso era cirúrgico. Primeiro me avisou logo: "só faço parto normal se o bebê não for grande, se não estiver laçado e se estiver na posição certa - cefálico (virado com a cabeça pra baixo) e com o dorso à esquerda. Ok, pensei, está sendo sincera. Mas que nada. Ela não ia fazer parto normal de jeito nenhum. Falou que a Luiza era uma bebê GORDA (ela nasceu com pouco mais de três quilos) e que eu não tinha abertura pélvica suficiente (famosa bacia estreita). Chegou a fazer uma espécie de exame de toque pra me mostrar que eu tinha pouco espaço pra bebê passar.  E eu ainda questionei: "Dra., esse espaço  não vai abrir com a dilatação DURANTE o trabalho de parto"? Ela me garantiu que não, que um ossinho antes da bacia ia me impedir de realizar o meu sonho. Ainda foi cínica: "Uma pena que quando aparece uma mulher querendo parto normal não possa!!!"

Resultado: mesmo um pouco angustiada, achando que poderia estar sendo enganada, cedi, com medo de procurar outro médico com 36, 37 semanas de gestação. Ela marcou a cirurgia para uma segunda de manhã bem cedo, às seis, alegando que estaria mais descansada (e não atrapalhar a agenda do consultório, né, Dra?). Enquanto faziam o procedimento, enfermeiros e médicos conversavam sobre outros assuntos, de vem em quando falavam comigo (com exceção do anestesista que me monitorava o tempo todo). Tudo durou pouco mais de vinte minutos. Luiza nasceu com 38 semanas e 4 dias.

O medo do parto normal é geral, mas ninguém fala dos riscos de uma cirurgia de médio-grande porte, que existe grande chance dos pulmões do bebê não estarem prontos, que o leite demora muito mais a descer e que a dor no pós-operatório é grande. Nos primeiros dois dias tive dificuldades pra segurar a Luiza, os antibióticos e antiinflamatórios que tomei me renderam uma baixa brusca de imunidade, fora outros incômodos. Por ter passado por tudo isso, concordo com a tese de que cesárea não é parto, é uma cirurgia para extração de bebês.

Claro que fiquei feliz com a chegada da minha princesa, mas poderia ter sido uma experiência ainda mais transformadora. Nem preciso dizer que já estou com outra médica, buscando desde já muita informação e com um monte de ideias na cabeça.

Na próxima vez, ninguém me segura.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Enfim, grávida!

Ah, como é bom ficar grávida! Pra mim, a gestação começou mesmo depois do primeiro ultrassom. O som do coraçãozinho da Luiza me provocou lágrimas, é claro, e uma crise de riso, tudo junto. Fabio estava lá comigo. As emoções estavam só começando.

Depois que sabem que você está grávida, tudo muda. As pessoas te olham diferente, te tratam de forma muito mais carinhosa. E a ansiedade de ver logo a barriga crescer? Dá vontade de comprar tudo pro bebê, de uma vez só.

No primeiro trimestre, muitos exames, dúvidas, enjoos. Chegava do trabalho e às vezes ia direto dormir, sem nem ao menos jantar. Nesses primeiros meses, só você sabe como o seu corpo está mudando, as calças não cabem mais nas coxas, o botão vive aberto. Dá uma preguiça! Lembro que minha alimentação mudou totalmente. Não tolerava nem olhar pras saladas que eu gostava e comia tanto. E café? Sofria no trabalho (onde todo mundo toma a todo instante) e jurava que podia sentir o cheiro só passando perto de alguma casa onde estivessem passando café.

O segundo trimestre é o mais prazeroso. Não é à toa que é chamado de lua de mel da gravidez. Você desfila satisfeita com sua barriguinha, que por mais modesta que seja, está sempre querendo aparecer por baixo das blusas coladas que você escolhe pra vestir. Assim que os enjoos passaram, bateu aquele apetite voraz. Resultado? Cinco quilos a mais em um só mês e um carão caprichado no consultório médico. E as mexidas do bebê! Que sensação indescritível!

 Já o último trimestre é o mais penoso. Sua mobilidade fica zero. Você precisa de ajuda pra deitar, levantar, andar... É o mais demorado, porque você quer logo ver a cara do seu filhote! Caprichei nos cremes para evitar estrias, ainda bem que não tive nenhuma! E o dia vai se aproximando, e pelo menos eu, já ficava com saudades da barriga.



No próximo post vou falar do nascimento da Luiza!



terça-feira, 20 de setembro de 2011

O dia tão esperado

Uma crise alérgica daquelas. Eu tinha trocado o meu horário de trabalho por causa da campanha política. O relógio biológico completamente alterado. Estava me sentindo muito cansada, seria por causa da sinusite? Meu Deus, que fome é essa? E esse sono que não passa?

Os sinais já estavam na minha cara. Mas, eu, com medo de mais uma decepção, adiava o exame ao máximo. Acontece que não aguentava mais o nariz entupido, moleza no corpo, garganta ardendo, querendo fechar. "Vou tomar um antialérgico", pensava. Mas quem está tentando engravidar, sabe. Antes de fazer qualquer coisa, aquela frase aparece no pensamento: "E se eu estiver grávida?"

Foi por isso que resolvi fazer o exame, já com uma semana de atraso menstrual. No fundo, no fundo, uma desculpa para mais um beta HCG. Só que dessa vez estava mais nervosa do que nunca! Antes de sair de casa, escuto uma voz que me diz: "Não se preocupe, vai dar tudo certo." Aí é que me tremi mais ainda.

Já no trabalho, com login e senha do laboratório em mãos, não parava de olhar para o relógio. Resolvi checar o resultado uns quinze minutos antes do previsto. Não é que já estava lá? Minha mão nem conseguia posicionar o mouse direito.

A tela abre com um número enorme: 21759.14. Meu Deus, que número é esse? Logo eu, que já tinha feito tantos exames, não estava sabendo ler justamente aquele. É que existem dois tipos desse mesmo exame. Um é qualitativo, diz negativo ou positivo. E esse que eu fiz era o quantitativo. Maior que 50.0 indica gravidez.

Imprimi o exame e saí correndo para encontrar o marido, na sala ao lado (trabalhamos no mesmo local). "Olha aqui, acho que estou grávida", já com os olhos marejados. Ele fica me olhando com cara de bobo, me dá um abraço daqueles que suspende a gente no ar e me diz "é, acho que está sim".

Ainda sem acreditar muito, ligo pro ginecologista (já era outro, não a que me diagnosticou com endometriose) e leio o número pra ele. Nunca vou esquecer do que ele disse: "É gravidez sim, e muito bem implantada." MEU DEUS!!! Então era verdade! Só chorava. Consegui não falar nada pros colegas nesse mesmo dia. Me viam de olhos vermelhos e perguntavam: "Está tudo bem?" Eu só fazia que sim com a cabeça.

Nem dormi direito. Feliz da vida, mesmo sem poder medicar a garganta que latejava de dor.

Era 18 de agosto de 2010.



segunda-feira, 19 de setembro de 2011

As tentativas

Luiza foi muito esperada. Muito planejada. Aos dois anos de relacionamento, resolvemos começar a tentar engravidar. Libera geral e deixa a ansiedade de lado (fácil, né?). Todo mês a expectativa. E essa novela durou cinco anos.

Vários testes de gravidez negativos, muitos exames para investigar a causa de uma possível infertilidade. Todo mês eu me frustrava um pouquinho, tentando, claro, não deixar transparecer pra ninguém. Fingia que nem ligava, não estava nem aí pro calendário. Ciclo mestrual? Quando é mesmo que ele começa e que termina?!?

Mudei de médico várias vezes. Fiz indução de ovulação. Perna pra cima. Tentei de tudo. Mas por que mesmo que essa barriga não vinha? Porque as coisas não funcionam no nosso tempo. Deus é quem dita a hora certa pra tudo.

Em mais uma mudança de médico, primeira consulta. A dra. pergunta:
"- Por que você está aqui?
- Sinto muitas cólicas e não consigo engravidar", respondi.
E ela, de pronto:
"- Você já ouviu falar em endometriose?"

Pronto. Estava aí o diagnóstico para o meu problema. Por que não tinha ouvido ainda falar nessa doença tão comum hoje em dia? Cirurgia e tratamento hormonal, mais um tempinho de espera... A hora H estava chegando. Eu me sentia com uma pontinha - renovada - de esperança.

Exatos doze meses depois, estava grávida.



domingo, 18 de setembro de 2011

Nasce um blog


Hoje é um dia muito especial. Boa oportunidade para começar o blog. Neste espaço, pretendo deixar registrado fatos marcantes da minha história, especialmente sobre a maternidade. Uma fase de muitas realizações e de muita felicidade.


Esta minha história começou há exatos 8 anos. Tempo que eu e meu marido estamos juntos. Foi tudo muito rápido. Começamos a trabalhar na mesma equipe e uma empatia muito forte deu o primeiro sinal do amor. Em seis meses estávamos dividindo o mesmo teto. Nada muito fácil, ele saía de um relacionamento, eu estava apenas com 22 anos. Só tinha uma certeza: queria ser feliz. E estava disposta a tentar, enfrentando problemas e obstáculos que quisessem me impedir. 


É assim que começa o blog. Sei que ele deveria ter nascido há muito tempo. Mas não quero mais deixar passar essa vontade. Quero escrever, quero compartilhar com pessoas queridas as minhas ideias e deixar tudo registrado. 


Essa parte do registro tem uma razão: a Luiza. Já pensou? Ela moça, podendo ler um resumo do que se passou na vida dela e dos pais dela? Quero deixar esse presente para os meus filhos. Vai ser como uma caixinha guardada no fundo de um armário, cheia de carinho e de saudade.

Quem quer se aventurar comigo? Fiquem à vontade.