quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O corpo e a gravidez

Peguei carona na gravidez de uma pessoa muito querida e resolvi relembrar essa questão das mudanças que a gestação provoca no corpo. Gente, não vou dizer que é fácil!

Antes da gravidez estava em ótima forma, uma das melhores que já tive. Depois de um longo tratamento para a tendinite que tenhos nos joelhos, começei a malhar firme e estava com uma alimentação exemplar. Meus músculos estavam tinindo e eu estava com o peso em dia, 55kg.

Assim que engravidei, tive que parar com os exercícios físicos. Nem sempre é assim, mas no meu caso, a gravidez foi considerada de risco (leve) por causa da endometriose. A recomendação médica era voltar a malhar depois do primeiro trimestre, de forma muito suave. Mas quem foi que disse que eu tive pique? Um sono e uma preguiça não me deixavam sair do lugar. Uma amiga dizia: "já começou a ir atrás de enxoval, móveis para o quarto?" Oi? Quase não conseguia tirar a roupa quando chegava em casa do trabalho de tanto enfado.

Depois que passaram os enjoos - lá pelo quarto mês - eu, que antes tinha uma preocupação imensa em me alimentar de forma saudável, me joguei nos doces, salgadinhos, refrigerantes, bombons e afins. "Mas o que é isso? A gravidez não deveria ter te deixado mais preocupada ainda com a saúde?" Pois é, deveria. Mas o que eu podia fazer se só sentia vontade de comer porcaria? Assumi com força a história dos desejos e tinha mil e um voluntários carinhosos prontos pra satisfazer minhas vontades.

Resultado? Não engordei horrores, mas poderia ter ficado bem abaixo dos 13kg totais a mais. Só num mês, não me lembro qual, engordei 5kg!!! E as pessoas ainda diziam: "você está ótima! Não engordou nada, não está inchada!" Aí é que eu comia com mais prazer ainda. Não me arrependo de nada, afinal, foi a primeira gravidez, estava radiante, nem aí pra balança.

Depois do parto, perdi de cara, 8kg. A barriga ficou inchada por um bom tempo (quando esse perído termina, se é que termina?) Usei cinta pra ver se ajudava o corpitcho a voltar ao normal. Mas as roupas de grávida ainda são as únicas que ainda estão me servindo (principalmente no quadril). Como amamentei de forma exclusiva durante os seis primeiros meses, acabei engordando mais dois quilinhos. É que amamentar dá muuuuuuuuuiiiita fome. Pelamordedeus! Meu almoço parecia pratada de trabalhador braçal! Mais uma vez, desencanei, precisava me alimentar - e muito bem - pra conseguir aguentar o rojão.

Mas, de uns tempos pra cá - uns dois meses mais ou menos - essa questão tem me incomodado um pouco. Depois que a Luiza passou a comer frutinhas, legumes e suquinhos, tenho tentado segurar mais minha boca. Como o número de mamadas dimunuiu, a fome de diabo da tazmânia também deu uma aliviada e já estou sentindo algumas roupas mais frouxas. Mas tive que comprar calças jeans para voltar ao trabalho. As velhas não entram nem a pau!

Outras mudanças no corpo foram:
- as espinhas no rosto voltaram. Com força. E não dá pra usar aquele ácido superpower, por causa da amamentação;

- o cabelo parece que vai sumir, cai muito! Dava pra fazer uma peruca cada vez que lavo a cabeça. o formato dos fios também mudou. Estão nascendo meio ondulados. Fazer escova com frequência nem pensar, quer que eu fique careca de vez?

- nos primeiros meses depois do parto a barriga ficou bem escura, mas depois voltou ao normal (só a cor, o tamanho não buááááá);

- a parte boa: meus seios dobraram de tamanho. Quando estão bem cheios de leite (empedrados, como se diz) ficam três vezes maiores. Mas não dá pra sair desfilando com a nova comissão de frente. O sutiã de amamentação (um charme só) não ajuda muito no quesito beleza;

- o aspecto desleixado tomou conta de mim. Eu me acostumei a sair de casa sem muita produção (leia-se com a roupa do corpo). Não dá tempo de pensar em maquiagem, acessórios, penteados. Até a bolsa tenho dispensado e coloco o mínimo de objetos possíveis na parte da frente da bolsa da Luiza (separado das coisinhas dela, claro).

- a escolha da roupa segue o quesito praticidade. Blusas? Só com abertura na frente pra colocar os peitões de fora a qualquer tempo;

- o intestino não é mais o mesmo. Tenho sofrido com prisão de ventre.

Mas quer saber? Se fosse pra passar por tudo de novo eu faria. Nada mais importa no mundo do que a presença da minha filhota linda.

É esse amor que agora me alimenta.

6 comentários:

  1. Continua a minha Gatona gostosona de sempre!!!

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  2. Ai, Ai, querida... muito engraçada essa vida de mamãe. Tb sofri muito com enjoos até o quinto mês. Desencanei de comprar roupas maravilhosas de grávida (como são caras!!!!!) e vinha trabalhar com batinhas folgadas e sapatilhas, que só couberam em mim até o sétimo mês. Depois, só chinelo mesmo! Fiquei muito inchada e sem vaidade alguma porque sofria muito com calores e tal. Mas não tive do que reclamar na questão da alimentação. Colocava tudo 'pra fora' quando ingeria salgadinhos, pizzas ou algo que não fosse saudável. Meus desejos foram comer todas as frutas do mundo: de bacia de jabuticaba à melancia quase inteira. Acho que por isso foi fácil retomar meu peso ideal. Aliás, emagreci um ou 2 quilinhos... e como pra caramba, ainda! Ah, detesto ouvir das pessoas que estou magéééééérrima. Gente, se liga, amamentar e acordar várias vezes à noite ( o Gabriel não dá folga!) não nos deixa gostosona, mas cansadona. Tb sofri com a queda de cabelos, mas nada além disso. Minha barriga voltou ao normal (saí da maternidade com cinta tb), as roupas já cabem, sapatos tb... sofro porque ainda não posso usar meus creminhos, mas sinceramente nada no mundo substitui uma risada do meu filho, um abraço gostoso, esse amor infinito.
    Ser mãe do Gabriel é a melhor recompensa de todas.
    Roberta

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  3. Ai como é bom saber que todas nós estamos adeptas as batinhas, rasteirinhas e cia, mesmo após o parto... é!!! não é fácil recuperar o corpinho. E quando o assunto é se emperequetar... ai meu Deus!!! não tem como!!! tem que sair??? vai de qualquer jeito. Hoje mesmo coloquei um brinco e quando fui dar um beijo de despedida na Gigi, lá vai o brinco por orelha a fora. Fui trabalhar sem brinco mesmo... Vida de mãe é assim!!! O que vale é ver todo dia a alegria das minhas filhinhas estampada no rosto. É tudo que a gente precisa!
    Milena.

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  4. Me conforta muito saber que outras maes passam pela mesma coisa, pensei que sofresse sozinha. Tenho 3 lindas criancas: saudaveis, lindas e inteligentes ( Obrigadao Meu Deus). Nao tenho nenhum tempo para mim, minha cuticulas estao em peticao de miseria, quando decido malhar um chora, quando decido sair outro adoece, quando pense em ver um filme ...nem se fala... escrevo nesse blog com um chorando, a outra gritando e a outra dizendo - Mae e minha vez sai dai!:)

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  5. Oi Rê, a ideia é essa mesmo, a gente trocar experiências pra não se sentir tão sozinha, tão abandonada! Sei que todas contam com os maridões, família, mas nada que outra mulher, que passa pela mesma experiência pra poder entender melhor!
    Obrigada por vir aqui desabafar! Beijos!

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  6. Hoje enfrentei a balança na consulta de rotina, na ginecologista. Três quilos me separam do peso ideal. É pouco? Que nada! Esses 3 benditos são os piores! E parece que eles se concentram no popô e nos quadris. Tou me sentindo "o cadeirudo", KKKKKKK (essa fui buscar no fundo do baú!!).

    Com duas crianças (e sem babá) definitivamente não dá pra ficar fora de casa por muito tempo. Malhar é luxo! Mas pensei numa saída: comprei uma tabela de basquete pro quintal. Quando as crianças vão pra cama, o maridão (que também assumiu os quilinhos a mais) e eu fazemos nossa própria NBA. Pelo menos é divertido e dá pra suar horrores. É também um tempo só nosso, juntos. Começamos a poucos dias. Depois conto se deu certo.

    Estamos todas juntas nessa empreitada, meninas!! Somos mães realizadas e mulheres tentando esticar o pouco tempo que sobra. Parafraseando pastor Neto Nunes: "Vai dar tudo certúúúúúú". Rsrsrs...

    Ju Castanha.

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